terça-feira, 27 de setembro de 2016
segunda-feira, 26 de setembro de 2016
Vídeo 1 - Márcia Pinho 35028
Nas caminhadas que tenho feito, ao conversar com as pessoas, observo a quantidade expressiva de eleitores indecisos ou decididos a anular seu voto. Diante de um quadro caótico na política, não é de se estranhar que o eleitorado esteja inseguro, desconfiado e incrédulo.
Abster-se de exercer o papel de cidadão numa sociedade democrática está longe de ser a melhor solução.
Sugiro que pesquise, compare os perfis dos candidatos, verifique o histórico de vida e só assim faça sua escolha.
Peço seu voto de confiança. Márcia Pinho 35028
quinta-feira, 22 de setembro de 2016
Percepção sobre violência sexual e atendimento a mulheres vítimas nas instituições policiais
Vale a pena conferir na íntegra como
foi formulada a pesquisa e também os resultados em relação à percepção sobre
violência sexual e atendimento a mulheres vítimas nas instituições policiais.
Com o olhar de pesquisadora faço
algumas ressalvas à forma como algumas perguntas foram formuladas, entretanto,
não é possível desconsiderar a significância dos dados coletados.
O estupro é uma doença cultural que
precisa ser combatida com ações educativas em vários segmentos. Eu abraço esta causa.
terça-feira, 20 de setembro de 2016
Educação inclusiva: o desafio dos desafios.
Trabalho há 18 anos formando
pedagogos. Nas disciplinas que leciono abordo temas como os transtornos globais
do desenvolvimento, transtornos de aprendizagem e outras deficiências de causas
diversas. Embora o foco dessas
discussões esteja centrado no diagnóstico e intervenções pontuais em sala de aula,
é inevitável falar sobre inclusão, atividade que está longe de ter uma
formatação realista e que atenda às necessidades dos estudantes.
Hoje há um consenso por parte de
professores e pesquisadores sobre a importância do mediador como agente de
aproximação do processo de ensino e aprendizagem.
Um professor regente com 30-40
alunos em sala de aula, por mais boa vontade e esforço, não terá condições de oferecer um atendimento
personalizado ao aluno, que precisa de um tempo diferenciado, de pausas nas
atividades e recursos pedagógicos apropriados. Além disso, é preciso
desenvolver habilidades sociais específicas para que tenha uma inserção mais
satisfatória com os que estão a sua volta.
Conversando com uma mãe de criança
autista de 11 anos (aluna incluída no ensino regular da rede municipal de
ensino do Rio de Janeiro ) chamou-me a
atenção alguns elementos da sua fala:
“Eu só queria que minha filha aprendesse a ler e
a escrever”
“Minha filha está no 5º ano. No que ano que vem
irá para o 6º ano, terá que mudar de escola e terá vários professores, mas ainda
não sabe ler.”
“Minha filha é atendida por uma voluntária que
atua como mediadora. Só fica metade do período na escola.”
“Fico 4h e 30 min esperando minha filha na escola, pois ela não
fica se eu não estiver por perto. Certa vez a voluntária ficou abraçada com ela
no colo por todo este período... ”
No ano de 2013 foi aprovado um projeto de lei
que criou o cargo de agente de apoio à educação especial. Foi realizado o 1º concurso em 2014, contemplando
150 vagas. Somente no início deste ano
foram chamados os primeiros colocados, quantitativo insuficiente para atender a
demanda de alunos especiais que necessitam de acompanhamento especializado.
Podemos considerar que foi uma boa iniciativa,
mas ainda muito distante de um modelo eficaz, principalmente considerando que
dentre as atribuições do cargo há uma intercessão entre duas funções: a do
cuidador e a do mediador. Além disso, a escolaridade
ao nível de ensino médio não confere a este profissional um perfil adequado
para esta função, mesmo com os
treinamentos e capacitação a serem oferecidos por instituição de referência na
área.
Há muito que fazer para construirmos um modelo
de atendimento que possa ir de encontro ao verdadeiro sentido da educação
inclusiva.
quinta-feira, 15 de setembro de 2016
- Vai para o lado negro da força? - Não, obrigada
- Vai para o lado negro da
força? - Não, obrigada.
A velha forma de fazer política,
a do toma lá dá cá, ainda permanece forte e está enraizada no imaginário das
pessoas.
Quando as pessoas sabem que você
está candidatando se aproximam , sondam , prometem apoio e sorrateiramente
disparam as suas armas. Quando percebem que não cola, rapidamente perdem
interesse e colam em outro.
Nestes 50 anos de vida ouvi muitos
nãos e tive muitas portas fechadas. Mas sempre fui perseverante e resiliente para
identificar e mudar as estratégias de luta, de forma íntegra e honesta.
Ainda me recuperando do baque,
sigo caminhando e acreditando na mudança.
A resposta é simples assim: - Não compro meus votos!
quarta-feira, 14 de setembro de 2016
Em defesa da educação integral
No ano de 1986 tive o privilégio
de iniciar minhas atividades como professora no CIEP 131, Profª Armanda Álvaro Alberto, no bairro de
Jardim Leal, Duque de Caxias.
Projeto idealizado por Darcy
Ribeiro, antropólogo e intelectual envolvido em conhecer as raízes do povo
brasileiro reconhecia que a educação era única forma de transformação social e
assim buscava tornar a escola um espaço que pudesse suprir as condições
precárias das crianças carentes de recursos, tirar das ruas aquelas crianças que
tinham que trabalhar para ajudar no sustento da família ou estavam simplesmente
esquecidas e abandonadas.
Escola nova a ser inaugurada,
professores novos com experiências diversas e o desafio de implantar um novo
modelo de educação baseado em uma concepção agregadora de oferecer escola
pública de qualidade, com horário integral, participação, envolvimento e
atendimento à comunidade.
Ao tomar posse tive uma grata
surpresa. A orientadora educacional, Margarete, entrevistava os professores
para subsidiar a distribuição de turmas dependendo das experiências anteriores,
formação e visão de mundo. Recebi um convite para iniciarmos um trabalho
pioneiro, fora do script e do protocolo: fazer uma pesquisa de campo, aos
moldes de uma pesquisa antropológica de reconhecimento da comunidade. Eu,
Margarete e Vera nos aventuramos neste universo desconhecido, batendo de porta
em porta, entrevistando as famílias, vizinhos e observando um cenário que não
estava descrito nos livros. Trabalho
belíssimo que desnudava uma realidade dura e cruel. Sempre me emociono ao
lembrar desta época e sinto pena de não ter guardado uma cópia dos relatórios. Mas
estes dados ficaram marcados na minha memória e no meu coração, e de certa
forma me transformaram como pessoa e profissional.
Com base nos dados coletados era
preciso estruturar um planejamento adequado que aproximasse aquelas crianças e
suas famílias do espaço escolar. E assim foi feito. Mas, em todo projeto que
busca uma transformação social é necessário tempo, tempo que foi roubado por
interesses políticos que ofereciam maior visibilidade. Chegava a decadência de um
projeto estruturante e ambicioso.
"Fracassei em tudo o que tentei na vida.
Tentei alfabetizar as crianças brasileiras, não consegui. Tentei salvar os
índios, não consegui. Tentei fazer uma universidade séria e fracassei. Tentei
fazer o Brasil desenvolver-se autonomamente e fracassei. Mas os fracassos são
minhas vitórias. Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu" Darcy Ribeiro
Sou uma defensora do modelo de
educação integral como proposta de reestruturação na educação e na construção
de uma sociedade mais justa e igualitária.
Projetos assistencialistas podem se configurar como uma proposta
emergencial, mas jamais serão objetos de mudanças profundas e necessárias.
segunda-feira, 12 de setembro de 2016
Caminhada e bate papo com Índio da Costa
Ontem o dia foi dedicado a bate papo e caminhada com Índio da Costa. Conversamos sobre educação integral, inclusão escolar, dentre outros assuntos.
quinta-feira, 8 de setembro de 2016
Violência contra a mulher: para muito além da denúncia.
Na semana passada
estava voltando de uma festa com minha filha adolescente, quando me deparei
como uma triste cena de violência. Um
rapaz de aproximadamente 18-20 anos
agredia uma moça da mesma faixa etária. Parei com o ímpeto de impedir a continuidade daquele
quadro. Vi muito ódio naquele olhar,
ódio represado e que ali estava sendo descarregado. Ao mesmo tempo em que eu me
aproximava um senhor ordenou que o rapaz se afastasse. Mas, o pior ainda estava
por vir: uma jovem que passava pelo local com duas crianças gritava para que o
rapaz fugisse, pois se ali permanecesse iria complicar a sua vida.
Como pode a violência
ser tão banalizada e percebida com tamanha naturalidade?
Em grande parte podemos
atribuir a violência a um processo de aprendizagem, pois como dizia Bandura, esta
aprendizagem pode se materializar como imitação de modelos significativos ou
ainda por reforço.
O que presenciamos nesta cena foi a ausência de uma comunicação mais efetiva. É muito comum nas discussões, cada parte querer dar a palavra final e levar isto até as últimas consequências, com a tentativa de neutralizar a outra parte. Como um acordo nem sempre é possível, outros possíveis desfechos surgem: o fim da discussão pelo desgaste que é provocado, a chegada de uma terceira pessoa para intervir ou, finalmente, a substituição do direito à réplica pela agressão.
O que presenciamos nesta cena foi a ausência de uma comunicação mais efetiva. É muito comum nas discussões, cada parte querer dar a palavra final e levar isto até as últimas consequências, com a tentativa de neutralizar a outra parte. Como um acordo nem sempre é possível, outros possíveis desfechos surgem: o fim da discussão pelo desgaste que é provocado, a chegada de uma terceira pessoa para intervir ou, finalmente, a substituição do direito à réplica pela agressão.
Antes de se manifestar
com a violência física, a violência psicológica dá sinais sutis, mas igualmente
danosos. Chega de forma silenciosa trazendo dano emocional ou prejuízo à saúde psicológica,
e, principalmente criando impactos na autodeterminação da mulher em relação as
suas escolhas.
O artigo 7º da lei
11340 descreve alguns comportamentos que caracterizam este tipo de violência,
tais como: a diminuição, prejuízo ou perturbação ao seu pleno desenvolvimento;
que tenha o objetivo de degradá-la ou controlar suas ações, comportamentos,
crenças e decisões mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação,
isolamento, vigilância constante, perseguição, insulto, chantagem,
ridicularização, exploração, limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro
meio. Traz ainda a definição da violência moral, entendida como qualquer
conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.
As políticas públicas
protetivas implantadas na última década significaram um grande avanço. Mas, infelizmente
ainda não são suficientes para coibir este tipo de manifestação.
É necessária a adoção
de medidas preventivas, com ações integradas na família, educação e sistemas de
atendimento à saúde para que a mulher se conscientize do seu papel na sociedade
e não permaneça refém de condições que favoreçam a continuidade da violência. É
um lento processo de construção que pode demorar décadas, já que a violência faz
parte de um processo de aprendizagem que é perpetuado por gerações, tendo as relações de gênero uma construção simbólica e
representativa de maneira diferenciada por homens e mulheres.
quinta-feira, 25 de agosto de 2016
Profª Zezé e a bola de cristal - As estratégias de dominação.
As
relações de poder e autoridade sempre estiveram presentes nas relações institucionais,
e o espaço escolar não foge a esta regra. Quem me conhece, em especial os meus alunos,
sabe que adoro contar um “causo”. Lembro-me que quando comecei a trabalhar como
professora, a coordenadora pedagógica tinha o hábito de olhar os cadernos de
planejamento semanalmente. Não colocava estrelinhas, mas dava visto e
autógrafo. Numa dessas reuniões, ela olhou as minhas anotações e questionou
vários tópicos, inclusive sobre os resultados esperados. - Como assim Zezé? - Não
trouxe minha bola de cristal! - Como posso prever o desenrolar de uma aula?
Concordo que o planejamento de atividades é
importante, mas não é possível engessar demais, senão corremos o risco de
anular todo um processo criativo. Afinal, se já possuímos as respostas, com que
finalidade temos as perguntas? Não satisfeita, a Zezé começou a bater ponto na minha
sala de aula, desconfiada, incomodada com alguém que pudesse confrontar a sua
autoridade formalmente instituída.
Depois de algum tempo, consegui quebrar aquele gelo e ela passou a ter
uma postura mais flexível. Sala de aula é lugar para se lançar sem medo. Existe
algo mais maravilhoso do que um aluno fazer uma pergunta e você não ter
respostas prontas para dar? Construir e reconstruir significados são tarefas
altamente gratificantes.
Recentemente,
trabalhei em uma universidade e num belo dia de verão, a coordenadora de
disciplinas teve a brilhante idéia de que os professores padronizassem os
slides de suas aulas. Educadamente recusei a sugestão, argumentando os meus
pontos de vista e nem preciso dizer que minha passagem por lá foi meteórica.
Pedi demissão assim que o semestre terminou.
Rebelde,
questionadora? - Que nada! Apenas
apaixonada pelo que faço.
Por
que tanta necessidade de controlar, vigiar e punir? Sempre digo aos meus alunos
que devemos trabalhar com mais dúvidas do que certezas, processo que faz com
que cada aula seja uma caixa de surpresas. Cabe ao professor mediar as relações,
de forma que o conhecimento seja construído de forma prazerosa, possibilitando
questionamentos diversos e, sobretudo, uma postura crítica a cerca da
realidade.
Lembro-me
de uma passagem de um livro do Sennett (Autoridade) que diz que a presença de
uma figura de autoridade é fundamental e muitas das vezes permeada por relações
ambíguas; se por um lado a autoridade atua como elemento castrador, inibidor,
por outro oferece proteção, segurança, de forma que a relação se configura como
necessária e dotada simultaneamente de elementos de atração e repulsa.
Infelizmente, muitas pessoas criam este vínculo, o que inevitavelmente faz
perpetuar esta relação, conferindo ainda mais autoridade.
Já não
bastam as relações de controle instituídas no espaço escolar? Imagine se o projeto da escola sem partido virar
lei.
quarta-feira, 24 de agosto de 2016
Os bastidores da gravação da propaganda eleitoral na TV
Os bastidores da gravação da propaganda eleitoral na TV.
Ontem o dia foi dedicado à gravação da propaganda
eleitoral, que terá início no próximo
dia 26/08.
Foram horas de preparação para apenas 1O segundos.
O que dizer em 10 segundos?
Bordões, clichês e promessas...
São apenas 10 segundos.
Descrédito, desconfiança, medo...
São apenas 10 segundos.
Sonhos, projetos, esperança em dias melhores...
São apenas 10 segundos.
Como falar de coração para coração?
São apenas 10 segundos.
A vida é feita por escolhas,
Para muito além de 10 segundos.
domingo, 21 de agosto de 2016
sexta-feira, 19 de agosto de 2016
Escola sem partido. Com que máscara eu vou? A máscara da neutralidade?
Escola sem partido. Com
que máscara eu vou? A máscara da neutralidade?
Está
em trâmite no Senado Federal consulta pública sobre o projeto de lei que
pretende incluir na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional o “Programa
Escola sem Partido”, também conhecida como lei da mordaça. Com tantas questões
emergentes precisando de discussão, nos deparamos com um posicionamento conservador
e moralista.
As
opiniões estão divididas pró e contra ao referido projeto. Hoje pela manhã era este o placar:
180.929 192.198
Chama a
atenção o conteúdo do artigo 5º, que trata dos deveres do professor no exercício
da sua profissão.
“não se aproveitará da audiência cativa dos
alunos, para promover os seus próprios interesses, opiniões, concepções ou preferências
ideológicas, religiosas, morais, políticas e partidárias” O que é audiência cativa? Em que década
estamos? Entrei numa máquina do tempo de volta ao passado? Ainda existe
educação bancária? Vivemos em um momento em que há intensa participação dos
alunos na construção de um conhecimento rico e ampliado.
A
justificativa do projeto é ainda mais estarrecedora e mostra nas entrelinhas os
verdadeiros objetivos ocultos por trás de sua formulação: “É fato notório que professores e
autores de materiais didáticos vêm se utilizando de suas aulas e de suas obras
para tentar obter a adesão dos estudantes a determinadas correntes políticas e
ideológicas para fazer com que eles adotem padrões de julgamento e de conduta
moral - especialmente moral sexual - incompatíveis com os que lhes são
apresentados por seus pais ou responsáveis.” Ao que tudo indica é a
questão da sexualidade que está em pauta, contrariando um dos temas
transversais contidos nos parâmetros curriculares nacionais, em que a questão
da orientação sexual se insere.
É função
do professor contribuir na construção de um posicionamento crítico e reflexivo
que possibilite ao aluno fazer escolhas conscientes. Para que isto ocorra, é
necessário que se criem espaços abertos de discussão, com a devida aproximação,
para que se estabeleça uma relação de confiança, despertando a curiosidade, o
interesse pela leitura, pelas pesquisas científicas, e, sobretudo, oriente para
a construção da autonomia.
Infelizmente
nem todos ultrapassam a condição heterônoma, permanecendo dependentes de uma
figura de autoridade. Assim, o professor, no seu papel de orientador precisa
ser contido, controlado e vigiado. É visto como uma ameaça.
Somos um
todo inseparável, com interesses, opiniões, crenças, vivências que nos tornam
mais ricos e únicos, o que inevitavelmente irá transparecer na nossa postura
profissional. Não é possível deixar do
lado de fora da escola esta singularidade e vestir a máscara da neutralidade.
quinta-feira, 18 de agosto de 2016
Minha trajetória (Senta que lá vem história)
Minha
trajetória (Senta que lá vem história)
Filha da dona Maria (Socorro para
os íntimos) e do seu Pinho (já falecido), ambos de origem humilde, tive uma
vida simples, mas com o essencial para uma vida digna. Minha mãe, muito sábia,
diante das dificuldades financeiras que enfrentávamos era uma ótima planejadora
financeira, sempre fazia sua reserva pensando em algum imprevisto que pudesse
nos acometer. Mantinha um cofrinho que só abríamos no Natal. Assim, as roupas,
os sapatos e os brinquedos estavam garantidos.
A prioridade era investir nos
estudos.
Aos quinze anos decidi que queria
ser professora e ingressei na Escola Normal Carmela Dutra, tendo concluído o
curso no ano de 1984. Naquele mesmo ano, ao me identificar com a professora de
Psicologia, decidi que esta seria a profissão que investiria meus esforços. E assim como planejei, no ano de 1985,
iniciava o curso de Psicologia. Como precisava trabalhar para me manter e
ajudar a família, prestei concurso para professora do Estado, tendo iniciado
minhas atividades no CIEP Professora Armanda Álvaro Alberto, em Duque de
Caxias. Experiência singular ter participado de um maravilhoso projeto de
Educação Integral, com uma proposta de resgate e transformação social. Uma pena
que projetos desta natureza não tenham tido a continuidade devida. Em 1988 prestei um novo concurso para o
Município do Rio de Janeiro, indo trabalhar na Escola Municipal Guandu, em
Campo Grande. Naquela época fazia um tour viajando de ônibus e trem no trajeto Abolição-Campo
Grande-Duque de Caxias-Piedade-Abolição para conciliar duas escolas e a
faculdade. Em 1989 conclui a graduação em Psicologia.
No ano de 1994 ingressei no
Mestrado em Psicologia da UFRJ, tendo a honra de ser orientada pelo saudoso
prof Franco Lo Presti Seminerio. Neste meio tempo, senti a necessidade de me
dedicar exclusivamente ao mestrado. Era o momento de fazer escolhas e tomar uma
decisão. Foi difícil, mas solicitei exoneração das duas matrículas. Era preciso
fechar um ciclo para iniciar outro. A diretora de uma das escolas me chamou
para conversar, me orientando a solicitar uma licença sem vencimento, para não
trocar o certo pelo duvidoso. Segui
minha intuição segundo o dito popular: “quem não arrisca não petisca” e não me arrependi.
Em 1997 defendi minha dissertação
sobre autoconceito de alunos superdotados e no
ano seguinte comecei a lecionar em instituições de ensino superior, para os cursos de Pegagogia
e Administração.
Em 2002 ingressei na Universidade
Estácio de Sá, atividade que mantenho até hoje, lecionando as disciplinas de
Psicologia da Educação, Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem,
Psicologia das Organizações e Planejamento de Carreira e Sucesso Profissional.
Em paralelo às atividades de ensino
e pesquisa, comecei minha preparação para cursar o doutorado, iniciado em 2002
na UERJ, com orientação do competente Prof. Wilson Moura. Neste mesmo ano engravidei e, em 2003 nasceu
minha filha Karen Alana. Conciliar estes dois projetos, de mãe e pesquisadora
não foi fácil, mas não desisti. Em 2004 prestei concurso público para o perfil
de psicóloga, cargo de Analista em Ciência e Tecnologia na Comissão Nacional de
Energia Nuclear, sendo aprovada em 2º lugar, iniciando as atividades em 2005.
Em 2006, defendi a tese sobre relações de poder e autoridade nas equipes de
trabalho. Orgulho para minha mãe, que nunca imaginou que a filha pudesse chegar
até aqui.
A vida é composta de ciclos e são
os desafios que nos movem. Estou com muita disposição para iniciar uma nova
empreitada. Política não é lugar para amadores, para conseguir um emprego, para
se dar bem ou conseguir projeção social. É comprometimento com as causas que
precisam de solução. Tenho 31 anos de experiência e luta em prol da Educação. Por
este motivo, peço seu voto de confiança. Vote 35028.
quarta-feira, 17 de agosto de 2016
Político para que e para quem?
Sou Márcia Pinho, candidata à vereadora do Município do Rio de Janeiro,
pelo Partido da Mulher Brasileira/ PMB.
Nunca tive a intenção de me enveredar pela vida política, contudo
diante da situação caótica em que nos encontramos no cenário político, com
representantes envolvidos em escândalos de corrupção e falta de ética, decidi
que era o momento de fazer alguma coisa. Não é possível aceitar passivamente a
continuidade desta situação.
Ao comentar num círculo restrito de amigos a minha intenção, tive
alguns feedbacks bem interessantes: Porque você quer ser política? Você não tem
perfil para política. Fiquei pensando com os meus botões: E qual é o perfil do
político no imaginário das pessoas? Aquele que tem um discurso padronizado e
cheio de bordões? Sorriso engessado? Aquele que sabe dar tapinha nas costas e
apertos de mão? Aquele que promete o que não pode cumprir? Ah não! Realmente não possuo este perfil. É
uma pena verificar que aquele que deveria ser o representante da população
esteja com a imagem tão desgastada, gerando falta de credibilidade e de
esperança em dias melhores. É preciso mudar este quadro!
Para ser político é preciso gostar de gente e isso se evidencia no dia
a dia, no tratamento respeitoso com um vizinho, com o porteiro do prédio, com
um colega de trabalho, sem câmeras e selfies para registro, já que para gostar
de gente não é preciso ter platéia.
Para gostar de gente é preciso se sensibilizar com a causa alheia, é
estar de olhos abertos e ouvidos atentos às demandas do outro, e,
principalmente priorizar os interesses coletivos em detrimento dos interesses
particulares. E eu posso dizer com determinação que gosto de gente.
O meu perfil é de alguém que sempre acreditou no seu potencial e
realizou conquistas por méritos próprios, resultado de muito esforço, dedicação
e persistência diante de inúmeros obstáculos que encontrei na minha trajetória,
sempre de forma íntegra e honesta. Aquela que lutou e realizou conquistas por
méritos próprios pode se colocar no lugar do outro, reconhecer suas
necessidades e promover ações que promovam melhorias das condições vivenciais.
Sou mulher, mãe, esposa, psicóloga, professora e desempenho outros importantes
papéis, e, por estar comprometida com causas que exigem soluções, peço seu voto
de confiança. Vote 35028 para que eu possa fazer a diferença na forma de pensar
e fazer política.
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