segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Vídeo 1 - Márcia Pinho 35028


Nas caminhadas que tenho feito, ao conversar com as pessoas, observo a quantidade expressiva de eleitores indecisos ou decididos a anular seu voto. Diante de um quadro caótico na política,  não é de se estranhar que o eleitorado esteja inseguro, desconfiado e incrédulo.

Abster-se de exercer o papel de cidadão numa sociedade democrática está longe de ser a melhor solução.

Sugiro que pesquise, compare os perfis dos candidatos, verifique o histórico de vida e só assim faça sua escolha.

Peço seu voto de confiança.  Márcia Pinho 35028

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Percepção sobre violência sexual e atendimento a mulheres vítimas nas instituições policiais

Vale a pena conferir na íntegra como foi formulada a pesquisa e também os resultados em relação à percepção sobre violência sexual e atendimento a mulheres vítimas nas instituições policiais.
Com o olhar de pesquisadora faço algumas ressalvas à forma como algumas perguntas foram formuladas, entretanto, não é possível desconsiderar a significância dos dados coletados.
O estupro é uma doença cultural que precisa ser combatida com ações educativas em vários segmentos.  Eu abraço esta causa.


www.forumseguranca.org.br

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Educação inclusiva: o desafio dos desafios.


Trabalho há 18 anos formando pedagogos. Nas disciplinas que leciono abordo temas como os transtornos globais do desenvolvimento, transtornos de aprendizagem e outras deficiências de causas diversas.  Embora o foco dessas discussões esteja centrado no diagnóstico e intervenções pontuais em sala de aula, é inevitável falar sobre inclusão, atividade que está longe de ter uma formatação realista e que atenda às necessidades dos estudantes.
Hoje há um consenso por parte de professores e pesquisadores sobre a importância do mediador como agente de aproximação do processo de ensino e aprendizagem.
Um professor regente com 30-40 alunos em sala de aula, por mais boa vontade e esforço,  não terá condições de oferecer um atendimento personalizado ao aluno, que precisa de um tempo diferenciado, de pausas nas atividades e recursos pedagógicos apropriados. Além disso, é preciso desenvolver habilidades sociais específicas para que tenha uma inserção mais satisfatória com os que estão a sua volta.
Conversando com uma mãe de criança autista de 11 anos (aluna incluída no ensino regular da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro ) chamou-me  a atenção alguns elementos da sua fala:
“Eu só queria que minha filha aprendesse a ler e a escrever”
“Minha filha está no 5º ano. No que ano que vem irá para o 6º ano, terá que mudar de escola e terá vários professores, mas ainda não sabe ler.”
“Minha filha é atendida por uma voluntária que atua como mediadora. Só fica metade do período na escola.”
“Fico 4h e 30 min  esperando minha filha na escola, pois ela não fica se eu não estiver por perto. Certa vez a voluntária ficou abraçada com ela no colo  por todo este período... ”    
No ano de 2013 foi aprovado um projeto de lei que criou o cargo de agente de apoio à educação especial.  Foi realizado o 1º concurso em 2014, contemplando 150 vagas.  Somente no início deste ano foram chamados os primeiros colocados, quantitativo insuficiente para atender a demanda de alunos especiais que necessitam de acompanhamento especializado.
Podemos considerar que foi uma boa iniciativa, mas ainda muito distante de um modelo eficaz, principalmente considerando que dentre as atribuições do cargo há uma intercessão entre duas funções: a do cuidador e a do mediador.  Além disso, a escolaridade ao nível de ensino médio não confere a este profissional um perfil adequado para esta função, mesmo  com os treinamentos e capacitação a serem oferecidos por instituição de referência na área.
Há muito que fazer para construirmos um modelo de atendimento que possa ir de encontro ao verdadeiro sentido da educação inclusiva.


quinta-feira, 15 de setembro de 2016

- Vai para o lado negro da força? - Não, obrigada

- Vai para o lado negro da força?     - Não, obrigada.

A velha forma de fazer política, a do toma lá dá cá, ainda permanece forte e está enraizada no imaginário das pessoas.
Quando as pessoas sabem que você está candidatando se aproximam , sondam , prometem apoio e sorrateiramente disparam as suas armas. Quando percebem que não cola, rapidamente perdem interesse e colam em outro.  
Nestes 50 anos de vida ouvi muitos nãos e tive muitas portas fechadas. Mas sempre fui perseverante e resiliente para identificar e mudar as estratégias de luta, de forma íntegra e honesta.
Ainda me recuperando do baque, sigo caminhando e acreditando na mudança.


A resposta é simples assim: -  Não compro meus votos! 

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Em defesa da educação integral



No ano de 1986 tive o privilégio de iniciar minhas atividades como professora no CIEP 131,  Profª Armanda Álvaro Alberto, no bairro de Jardim Leal, Duque de Caxias.
Projeto idealizado por Darcy Ribeiro, antropólogo e intelectual envolvido em conhecer as raízes do povo brasileiro reconhecia que a educação era única forma de transformação social e assim buscava tornar a escola um espaço que pudesse suprir as condições precárias das crianças carentes de recursos, tirar das ruas aquelas crianças que tinham que trabalhar para ajudar no sustento da família ou estavam simplesmente esquecidas e abandonadas.
Escola nova a ser inaugurada, professores novos com experiências diversas e o desafio de implantar um novo modelo de educação baseado em uma concepção agregadora de oferecer escola pública de qualidade, com horário integral, participação, envolvimento e atendimento à comunidade.
Ao tomar posse tive uma grata surpresa. A orientadora educacional, Margarete, entrevistava os professores para subsidiar a distribuição de turmas dependendo das experiências anteriores, formação e visão de mundo. Recebi um convite para iniciarmos um trabalho pioneiro, fora do script e do protocolo: fazer uma pesquisa de campo, aos moldes de uma pesquisa antropológica de reconhecimento da comunidade. Eu, Margarete e Vera nos aventuramos neste universo desconhecido, batendo de porta em porta, entrevistando as famílias, vizinhos e observando um cenário que não estava descrito nos livros.  Trabalho belíssimo que desnudava uma realidade dura e cruel. Sempre me emociono ao lembrar desta época e sinto pena de não ter guardado uma cópia dos relatórios. Mas estes dados ficaram marcados na minha memória e no meu coração, e de certa forma me transformaram como pessoa e profissional.
Com base nos dados coletados era preciso estruturar um planejamento adequado que aproximasse aquelas crianças e suas famílias do espaço escolar. E assim foi feito. Mas, em todo projeto que busca uma transformação social é necessário tempo, tempo que foi roubado por interesses políticos que ofereciam maior visibilidade. Chegava a decadência de um projeto estruturante e ambicioso.
"Fracassei em tudo o que tentei na vida. Tentei alfabetizar as crianças brasileiras, não consegui. Tentei salvar os índios, não consegui. Tentei fazer uma universidade séria e fracassei. Tentei fazer o Brasil desenvolver-se autonomamente e fracassei. Mas os fracassos são minhas vitórias. Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu"  Darcy Ribeiro

Sou uma defensora do modelo de educação integral como proposta de reestruturação na educação e na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.  Projetos assistencialistas podem se configurar como uma proposta emergencial, mas jamais serão objetos de mudanças profundas e necessárias. 

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Caminhada e bate papo com Índio da Costa



Ontem o dia foi dedicado a bate papo e caminhada com Índio da Costa. Conversamos sobre educação integral, inclusão escolar, dentre outros assuntos.

quinta-feira, 8 de setembro de 2016

Violência contra a mulher: para muito além da denúncia.


Na semana passada estava voltando de uma festa com minha filha adolescente, quando me deparei como uma triste cena de violência.  Um rapaz de aproximadamente 18-20  anos agredia uma  moça da mesma faixa etária.  Parei com o ímpeto de impedir a continuidade daquele quadro.  Vi muito ódio naquele olhar, ódio represado e que ali estava sendo descarregado. Ao mesmo tempo em que eu me aproximava um senhor ordenou que o rapaz se afastasse. Mas, o pior ainda estava por vir: uma jovem que passava pelo local com duas crianças gritava para que o rapaz fugisse, pois se ali permanecesse iria complicar a sua vida.
Como pode a violência ser tão banalizada e percebida com tamanha naturalidade?
Em grande parte podemos atribuir a violência a um processo de aprendizagem, pois como dizia Bandura, esta aprendizagem pode se materializar como imitação de modelos significativos ou ainda por reforço.  
O que presenciamos nesta cena foi a ausência de uma comunicação mais efetiva. É muito comum nas discussões, cada parte querer dar a palavra final e levar isto até as últimas consequências, com a tentativa de neutralizar a outra parte.  Como um acordo nem sempre é possível, outros possíveis desfechos surgem: o fim da discussão pelo desgaste que é provocado, a chegada de uma terceira pessoa para intervir ou, finalmente, a substituição do direito à réplica pela agressão.
Antes de se manifestar com a violência física, a violência psicológica dá sinais sutis, mas igualmente danosos. Chega de forma silenciosa trazendo dano emocional ou prejuízo à saúde psicológica, e, principalmente criando impactos na autodeterminação da mulher em relação as suas escolhas.
O artigo 7º da lei 11340 descreve alguns comportamentos que caracterizam este tipo de violência, tais como: a diminuição, prejuízo ou perturbação ao seu pleno desenvolvimento; que tenha o objetivo de degradá-la ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição, insulto, chantagem, ridicularização, exploração, limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio. Traz ainda a definição da violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.
As políticas públicas protetivas implantadas na última década significaram um grande avanço. Mas, infelizmente ainda não são suficientes para coibir este tipo de manifestação.
É necessária a adoção de medidas preventivas, com ações integradas na família, educação e sistemas de atendimento à saúde para que a mulher se conscientize do seu papel na sociedade e não permaneça refém de condições que favoreçam a continuidade da violência. É um lento processo de construção que pode demorar décadas, já que a violência faz parte de um processo de aprendizagem que é perpetuado por gerações, tendo as relações de gênero uma construção simbólica e representativa de maneira diferenciada por homens e mulheres.




quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Profª Zezé e a bola de cristal - As estratégias de dominação.




As relações de poder e autoridade sempre estiveram presentes nas relações institucionais, e o espaço escolar não foge a esta regra.  Quem me conhece, em especial os meus alunos, sabe que adoro contar um “causo”. Lembro-me que quando comecei a trabalhar como professora, a coordenadora pedagógica tinha o hábito de olhar os cadernos de planejamento semanalmente. Não colocava estrelinhas, mas dava visto e autógrafo. Numa dessas reuniões, ela olhou as minhas anotações e questionou vários tópicos, inclusive sobre os resultados esperados. - Como assim Zezé? - Não trouxe minha bola de cristal! - Como posso prever o desenrolar de uma aula?
 Concordo que o planejamento de atividades é importante, mas não é possível engessar demais, senão corremos o risco de anular todo um processo criativo. Afinal, se já possuímos as respostas, com que finalidade temos as perguntas? Não satisfeita, a Zezé começou a bater ponto na minha sala de aula, desconfiada, incomodada com alguém que pudesse confrontar a sua autoridade formalmente instituída.  Depois de algum tempo, consegui quebrar aquele gelo e ela passou a ter uma postura mais flexível. Sala de aula é lugar para se lançar sem medo. Existe algo mais maravilhoso do que um aluno fazer uma pergunta e você não ter respostas prontas para dar? Construir e reconstruir significados são tarefas altamente gratificantes.
Recentemente, trabalhei em uma universidade e num belo dia de verão, a coordenadora de disciplinas teve a brilhante idéia de que os professores padronizassem os slides de suas aulas. Educadamente recusei a sugestão, argumentando os meus pontos de vista e nem preciso dizer que minha passagem por lá foi meteórica. Pedi demissão assim que o semestre terminou.
Rebelde, questionadora?  - Que nada! Apenas apaixonada pelo que faço.
Por que tanta necessidade de controlar, vigiar e punir? Sempre digo aos meus alunos que devemos trabalhar com mais dúvidas do que certezas, processo que faz com que cada aula seja uma caixa de surpresas. Cabe ao professor mediar as relações, de forma que o conhecimento seja construído de forma prazerosa, possibilitando questionamentos diversos e, sobretudo, uma postura crítica a cerca da realidade.
Lembro-me de uma passagem de um livro do Sennett (Autoridade) que diz que a presença de uma figura de autoridade é fundamental e muitas das vezes permeada por relações ambíguas; se por um lado a autoridade atua como elemento castrador, inibidor, por outro oferece proteção, segurança, de forma que a relação se configura como necessária e dotada simultaneamente de elementos de atração e repulsa. Infelizmente, muitas pessoas criam este vínculo, o que inevitavelmente faz perpetuar esta relação, conferindo ainda mais autoridade.
Já não bastam as relações de controle instituídas no espaço escolar?  Imagine se o projeto da escola sem partido virar lei.



quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Os bastidores da gravação da propaganda eleitoral na TV


Os bastidores da gravação da propaganda eleitoral na TV.
Ontem o dia foi dedicado à gravação da propaganda eleitoral,  que terá início no próximo dia 26/08.
Foram horas de preparação para apenas 1O segundos.
O que dizer em 10 segundos?
Bordões, clichês e promessas...
São apenas 10 segundos.
Descrédito, desconfiança, medo...
São apenas 10 segundos.
Sonhos, projetos, esperança em dias melhores...
São apenas 10 segundos.
Como falar de coração para coração?
São apenas 10 segundos.
A vida é feita por escolhas,

Para muito além de 10 segundos.

domingo, 21 de agosto de 2016

Com Suêd Haidar, presidente do Partido da Mulher Brasileira. Acreditando numa maior representatividade da mulher no espaço político.

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

Escola sem partido. Com que máscara eu vou? A máscara da neutralidade?



Escola sem partido. Com que máscara eu vou? A máscara da neutralidade?





Está em trâmite no Senado Federal consulta pública sobre o projeto de lei que pretende incluir na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional o “Programa Escola sem Partido”, também conhecida como lei da mordaça. Com tantas questões emergentes precisando de discussão, nos deparamos com um posicionamento conservador e moralista.
As opiniões estão divididas pró e contra ao referido projeto.  Hoje pela manhã era este o placar:
 180.929Descrição: Favor   192.198Descrição: Contra

Chama a atenção o conteúdo do artigo 5º, que trata dos deveres do professor no exercício da sua profissão.
 “não se aproveitará da audiência cativa dos alunos, para promover os seus próprios interesses, opiniões, concepções ou preferências ideológicas, religiosas, morais, políticas e partidárias” O que é audiência cativa? Em que década estamos? Entrei numa máquina do tempo de volta ao passado? Ainda existe educação bancária? Vivemos em um momento em que há intensa participação dos alunos na construção de um conhecimento rico e ampliado.

A justificativa do projeto é ainda mais estarrecedora e mostra nas entrelinhas os verdadeiros objetivos ocultos por trás de sua formulação: “É fato notório que professores e autores de materiais didáticos vêm se utilizando de suas aulas e de suas obras para tentar obter a adesão dos estudantes a determinadas correntes políticas e ideológicas para fazer com que eles adotem padrões de julgamento e de conduta moral - especialmente moral sexual - incompatíveis com os que lhes são apresentados por seus pais ou responsáveis.” Ao que tudo indica é a questão da sexualidade que está em pauta, contrariando um dos temas transversais contidos nos parâmetros curriculares nacionais, em que a questão da orientação sexual se insere.

É função do professor contribuir na construção de um posicionamento crítico e reflexivo que possibilite ao aluno fazer escolhas conscientes. Para que isto ocorra, é necessário que se criem espaços abertos de discussão, com a devida aproximação, para que se estabeleça uma relação de confiança, despertando a curiosidade, o interesse pela leitura, pelas pesquisas científicas, e, sobretudo, oriente para a  construção da autonomia.

Infelizmente nem todos ultrapassam a condição heterônoma, permanecendo dependentes de uma figura de autoridade. Assim, o professor, no seu papel de orientador precisa ser contido, controlado e vigiado. É visto como uma ameaça.

Somos um todo inseparável, com interesses, opiniões, crenças, vivências que nos tornam mais ricos e únicos, o que inevitavelmente irá transparecer na nossa postura profissional.  Não é possível deixar do lado de fora da escola esta singularidade e vestir a máscara da neutralidade.

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Minha trajetória (Senta que lá vem história)

Minha trajetória (Senta que lá vem história)
Filha da dona Maria (Socorro para os íntimos) e do seu Pinho (já falecido), ambos de origem humilde, tive uma vida simples, mas com o essencial para uma vida digna. Minha mãe, muito sábia, diante das dificuldades financeiras que enfrentávamos era uma ótima planejadora financeira, sempre fazia sua reserva pensando em algum imprevisto que pudesse nos acometer. Mantinha um cofrinho que só abríamos no Natal. Assim, as roupas, os sapatos e os brinquedos estavam garantidos.
A prioridade era investir nos estudos.
Aos quinze anos decidi que queria ser professora e ingressei na Escola Normal Carmela Dutra, tendo concluído o curso no ano de 1984. Naquele mesmo ano, ao me identificar com a professora de Psicologia, decidi que esta seria a profissão que investiria meus esforços.  E assim como planejei, no ano de 1985, iniciava o curso de Psicologia. Como precisava trabalhar para me manter e ajudar a família, prestei concurso para professora do Estado, tendo iniciado minhas atividades no CIEP Professora Armanda Álvaro Alberto, em Duque de Caxias. Experiência singular ter participado de um maravilhoso projeto de Educação Integral, com uma proposta de resgate e transformação social. Uma pena que projetos desta natureza não tenham tido a continuidade devida.  Em 1988 prestei um novo concurso para o Município do Rio de Janeiro, indo trabalhar na Escola Municipal Guandu, em Campo Grande. Naquela época fazia um tour viajando de ônibus e trem no trajeto Abolição-Campo Grande-Duque de Caxias-Piedade-Abolição para conciliar duas escolas e a faculdade. Em 1989 conclui a graduação em Psicologia.
No ano de 1994 ingressei no Mestrado em Psicologia da UFRJ, tendo a honra de ser orientada pelo saudoso prof Franco Lo Presti Seminerio. Neste meio tempo, senti a necessidade de me dedicar exclusivamente ao mestrado. Era o momento de fazer escolhas e tomar uma decisão. Foi difícil, mas solicitei exoneração das duas matrículas. Era preciso fechar um ciclo para iniciar outro. A diretora de uma das escolas me chamou para conversar, me orientando a solicitar uma licença sem vencimento, para não trocar o certo pelo duvidoso.   Segui minha intuição segundo o dito popular: “quem não arrisca não petisca”  e não me arrependi.
Em 1997 defendi minha dissertação sobre autoconceito de alunos superdotados e no  ano seguinte comecei a lecionar em instituições de  ensino superior, para os cursos de Pegagogia e Administração.
Em 2002 ingressei na Universidade Estácio de Sá, atividade que mantenho até hoje, lecionando as disciplinas de Psicologia da Educação, Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem, Psicologia das Organizações e Planejamento de Carreira e Sucesso Profissional.  
Em paralelo às atividades de ensino e pesquisa, comecei minha preparação para cursar o doutorado, iniciado em 2002 na UERJ, com orientação do competente Prof. Wilson Moura.  Neste mesmo ano engravidei e, em 2003 nasceu minha filha Karen Alana. Conciliar estes dois projetos, de mãe e pesquisadora não foi fácil, mas não desisti. Em 2004 prestei concurso público para o perfil de psicóloga, cargo de Analista em Ciência e Tecnologia na Comissão Nacional de Energia Nuclear, sendo aprovada em 2º lugar, iniciando as atividades em 2005. Em 2006, defendi a tese sobre relações de poder e autoridade nas equipes de trabalho. Orgulho para minha mãe, que nunca imaginou que a filha pudesse chegar até aqui.
A vida é composta de ciclos e são os desafios que nos movem. Estou com muita disposição para iniciar uma nova empreitada. Política não é lugar para amadores, para conseguir um emprego, para se dar bem ou conseguir projeção social. É comprometimento com as causas que precisam de solução. Tenho 31 anos de experiência e luta em prol da Educação. Por este motivo, peço seu voto de confiança. Vote 35028.



quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Político para que e para quem?

Sou Márcia Pinho, candidata à vereadora do Município do Rio de Janeiro, pelo Partido da Mulher Brasileira/ PMB.
Nunca tive a intenção de me enveredar pela vida política, contudo diante da situação caótica em que nos encontramos no cenário político, com representantes envolvidos em escândalos de corrupção e falta de ética, decidi que era o momento de fazer alguma coisa. Não é possível aceitar passivamente a continuidade desta situação. 
Ao comentar num círculo restrito de amigos a minha intenção, tive alguns feedbacks bem interessantes: Porque você quer ser política? Você não tem perfil para política. Fiquei pensando com os meus botões: E qual é o perfil do político no imaginário das pessoas? Aquele que tem um discurso padronizado e cheio de bordões? Sorriso engessado? Aquele que sabe dar tapinha nas costas e apertos de mão? Aquele que promete o que não pode cumprir?  Ah não! Realmente não possuo este perfil. É uma pena verificar que aquele que deveria ser o representante da população esteja com a imagem tão desgastada, gerando falta de credibilidade e de esperança em dias melhores. É preciso mudar este quadro!
Para ser político é preciso gostar de gente e isso se evidencia no dia a dia, no tratamento respeitoso com um vizinho, com o porteiro do prédio, com um colega de trabalho, sem câmeras e selfies para registro, já que para gostar de gente não é preciso ter platéia.
Para gostar de gente é preciso se sensibilizar com a causa alheia, é estar de olhos abertos e ouvidos atentos às demandas do outro, e, principalmente priorizar os interesses coletivos em detrimento dos interesses particulares. E eu posso dizer com determinação que gosto de gente.
O meu perfil é de alguém que sempre acreditou no seu potencial e realizou conquistas por méritos próprios, resultado de muito esforço, dedicação e persistência diante de inúmeros obstáculos que encontrei na minha trajetória, sempre de forma íntegra e honesta. Aquela que lutou e realizou conquistas por méritos próprios pode se colocar no lugar do outro, reconhecer suas necessidades e promover ações que promovam melhorias das condições vivenciais.

Sou mulher, mãe, esposa, psicóloga, professora e desempenho outros importantes papéis, e, por estar comprometida com causas que exigem soluções, peço seu voto de confiança. Vote 35028 para que eu possa fazer a diferença na forma de pensar e fazer política.